O Papa Leão XIV, após o Angelus, apelou por um cessar-fogo imediato e corredores humanitários no Sudão, pedindo ação internacional e orações pelas vítimas
Da redação, com Vatican News
Mais de 62 mil pessoas foram deslocadas após a tomada de El-Fasher, capital do estado de Darfur do Norte, no Sudão, pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) / Foto: Anadolu via Reuters Connect
O Papa Leão XIV fez um apelo neste domingo, 2, por um cessar-fogo, pela intervenção da comunidade internacional e pela abertura de corredores humanitários e entrega de ajuda no Sudão devastado pela guerra.
“Com grande pesar, acompanho as trágicas notícias vindas do Sudão, particularmente da cidade de El Fasher, na região de Darfur, no norte do país, assolada pela guerra”, disse o Papa Leão XIV durante a oração do Angelus.
O Bispo de Roma denunciou a “violência indiscriminada contra mulheres e crianças, os ataques contra civis desarmados e os graves obstáculos à ação humanitária”, que, segundo ele, “estão causando sofrimento inaceitável a uma população já exausta por longos meses de conflito”.
As palavras de preocupação do Papa Leão XIV sobre a violência em curso no Sudão, e sua referência específica ao ataque na cidade de El Fasher, no norte de Darfur, surgem na sequência do cerco à cidade, onde milícias estariam cometendo graves atrocidades contra a população civil.
Após a oração mariana deste domingo, 2, o Santo Padre pediu preces à população sudanesa / Foto: Reprodução Reuters
A oração pela Tanzânia pós-eleições
Em seguida, o Papa também se uniu em oração pela população da Tanzânia, onde foram registradas mortes com os protestos antigoverno em várias cidades, que eclodiram após as eleições gerais realizadas na última quarta-feira, 29, que elegeu a atual chefe de Estado, Samia Suluhu Hanna, com 97,6% dos votos, que faz parte do partido que governa o país desde a independência, em 1961.
Há informações contraditórias sobre o número de mortos, o que não é facilitado pelo fato da Internet ter sido desligada em todo o país. A ONU apelou às forças de segurança da Tanzânia para que se abstivessem de atos de violência não provocados, enquanto os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, do Canadá e da Noruega emitiram uma declaração conjunta apelando às autoridades para que “exerçam a máxima contenção” e respeitem a “liberdade de expressão”. E o Papa fez um pedido:
“Rezemos também pela Tanzânia, onde, após as recentes eleições políticas, eclodiram confrontos com numerosas vítimas. Convido todos a evitar qualquer forma de violência e a seguir o caminho do diálogo.”
A lembrança cristã dos falecidos
Nas saudações finais, a romanos e peregrinos da própria Itália e de vários outros países, como do Colégio São Tomás de Lisboa, em Portugal, o Papa Leão XIV recordou a missa deste domingo, 2, em sufrágio aos falecidos no Cemitério Monumental Verano, de Roma, e disse:
“Espiritualmente, irei visitar os túmulos dos meus entes queridos; assim como rezarei pelos mortos que ninguém recorda. Mas nosso Pai celestial nos conhece e nos ama um por um e não esquece de ninguém! A todos, bom domingo na lembrança cristã dos nossos falecidos.”
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